quinta-feira, 30 de julho de 2009

Reformulação, trabalho e mentalidade positiva explicam evolução do São Caetano na série B

O início do São Caetano na Série B não foi como o planejado. Derrota na estreia para o Bragantino, uma vitória sobre o Bahia e dois tropeços (Vila Nova e América-RN) culminaram com a saída do técnico Sérgio Soares, a chegada do estreante Antônio Carlos Zago e uma grande reformulação urgente no elenco. Mudanças que resultam numa nova mentalidade, vencedora, que tirou a equipe da zona de rebaixamento e que colocou o Azulão na briga.
Com a chegada de Zago, alguns jogadores foram contratados, casos dos volantes Adriano (ex-Santos) e Jairo (Atlético-PR), dos meias Eduardo Ramos (Goiás) e Xuxa (Barueri) e dos atacantes Careca (Corinthians), Washington (Vitória) e Matheus Paraná (futebol turco).
Após uma intertemporada em Águas de Lindóia, o elenco foi praticamente fechado. O clube perdeu apenas Luan, negociado com o Toulouse, da França.
Aos poucos, a cara do Azulão mudou. Do time que estreou em Bragança Paulista, apenas o goleiro Luiz e o zagueiro Marcelo Batatais foram titulares na goleada por 4 a 1 sobre o Campinense, na última terça-feira. Antes de Zago, o aproveitamento no início da Série B foi de 25% (três derrotas e uma vitória).

TRANSIÇÃO

Com a saída de Sérgio Soares e a chegada de Zago, o São Caetano passou por momentos de transição. Contratações, adequações no elenco e ações da diretoria caminhavam juntamente com o início da carreira de Zago como treinador. Sua estreia foi contra o Vasco, no Rio, com um empate sem gols.
Derrotas para Ponte Preta (0 a 2), Ceará (1 a 2) e Guarani (0 a 1) levaram o time à zona de rebaixamento. “Foi um momento de reestruturação, de planejamento e de, ao mesmo tempo, que precisávamos de resultados. Uma cobrança forte. Apesar do pouco tempo, demos a volta por cima”, relembra Zago, que finalmente pôde contar com o elenco que considerava o ideal.


EMBALO

O empate com o Atlético-GO (2 a 2) foi o pontapé para a arrancada. Algumas peças começaram a ganhar espaço, como o zagueiro Artur, os volantes Adriano e Jairo, o lateral-esquerdo Bruno Recife (que treinava, na época, separadamente e foi reintegrado), os atacantes Washington, Vandinho e Wendell (formado no clube). Depois, o Azulão empatou com a Portuguesa (1 a 1) e engatou três goleadas por quatro gols (ABC-RN e Duque de Caxias, por 4 a 0, e Campinense, por 4 a 1). No meio, uma derrota para o Paraná Clube.



Com isso, nos últimos seis jogos, foram três vitórias, dois empates e uma derrota, um aproveitamento de 61%, número que o colocaria hoje no G-4, times que subiriam para a elite. A equipe, que até o jogo com o Atlético-GO havia balançado as redes apenas três vezes (e tinha o pior ataque do torneio), fez 15 gols e levou cinco em seis partidas, o que lhe garante hoje um saldo positivo de três gols.
“Os jogadores estão otimistas e acreditam no nosso projeto. Hoje não pensamos mais na palavra rebaixamento. Todos aqui olham para a parte de cima da tabela. O objetivo é terminarmos o primeiro turno entre os oito primeiros (faltam cinco jogos para virar o turno, com 15 pontos em disputa). Temos que caminhar passo a passo, mas com a mentalidade de um grupo que é forte, que pode encarar qualquer time de igual para igual e com potencial até mesmo de conquistar o acesso”, finalizou Zago. Restam 24 partidas para o São Caetano na Série B, com 72 pontos em jogo.

fonte: site Oficial - A.D São Caetano